terça-feira, 14 de junho de 2011

A saudade e o agora.

Às vezes ela sai da superfície.
Penetra mais fundo, mais fundo, atendendo ao chamado de uma canção deliciosamente saudosa.
E se depara com quem foi, com o que viveu, com o que sentiu...
E sendo algo feliz, que no momento do viver não sentiu, sente agora...
Surge o nó no peito.. "era feliz e não sabia..."
Vem uma pontada fria. Tristeza... a cor desaparece.
O preto e branco cinza do hoje parace concreto frio.
E de repente a frieza se ausenta
dando lugar a um calor quase doce
Algo do hoje traz cor... vida.
Algo do hoje traz vida... cor.
E redescobre no detalhe a aba aberta
puxou e viu: por trás do cinza há cor!
E lá ouviu sorrisos
E lá viu flores
E lá sentiu o amor...

Voltou a superfície
as cores eram mais vibrantes.
E no agora
Ela sentiu que é feliz.


(Ísis Delmiro.)