quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Mãos.




Delicadas, lânguidas, suaves, macias...
Aveludadas, libertas, quentes, belas...
Tocaram com graça meu rosto encantado
levaram de mim fogo alastrado.

E vieram as rudes, crespas, frias...
Tristes, feias... mas como duas alegrias
Salvação de um coração amargurado
No caminho da ilusão abandonado

O calor de outrora, agora frieza
Meu amor inútil, sua natureza
No silêncio do quarto, uma certeza:

O doce sentimento se esconde na bruteza.

(Ísis Delmiro)








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